Resenha # Metamorfose da Vida

Metamorfose da Vida - Em 1996, Vida Sinclair, uma jovem escocesa criada na isolada comunidade de Old Valley, se vê sozinha no mundo quando seus pais adotivos são assassinados. Ela descobre através de Brianna, uma tia misteriosa, que foi adotada porque a mãe biológica, sua irmã Bonnibelle, foi dada como morta num trágico acidente de automóvel, e que seu pai biológico é um antropólogo de quem não se tem mais notícias desde que partiu para o Brasil, em meados de 1979, a fim de pesquisar a aldeia indígena Karipós, embrenhada na floresta amazônica. No entanto, ele e seu colega de pesquisa Lazarus Lefréve se deparam com a aldeia inamawá, dos índios invisíveis. Depois de sofrer queda de uma árvore, Gordon nunca mais é visto. Vida cresce, tem a sorte de conhecer o Professor Lefréve, torna-se antropóloga e, aos vinte e cinco anos de idade, empreende uma expedição para encontrar o pai. Mesmo atingindo seu objetivo, ela se sensibiliza com a situação da tribo ameaçada pela ação predatória de uma madeireira ilegal. Juntamente, com Blake, um colega de turma por quem sempre nutriu os antagônicos sentimentos de atração e intolerância; José Antônio, seu vizinho português que cria um plano para acabar com a extração ilegal de madeira; e Amana Inamawá, sua meia-irmã índia, Vida descobre que apesar das distâncias, as ações de todos nós afetam até mesmo quem vive em outro continente, pelo fato de tudo estar ligado numa rede invisível tecida pelos Criadores. Os quatro jovens aventureiros têm a chance única de conversar com o primeiro Criador. Segundo a lenda inamawá, há mais de um deus ou criador, incorporados às árvores das florestas, por isso são consideradas sagradas e devem ser preservadas. Estórias fabulosas, desencontros, encontros, romance, violência e conflitos sociais movimentam a vida de Vida Sinclair e dos demais personagens.

Autora: Márcia de Assis  //  Páginas:  267  //  Editora: Baraúna  //  Classificação:  Excelente  // Onde Comprar:  Livraria Cultura

Logo na introdução do livro , a autora nos conta como teve a inspiração para escrever sobre  Old Valley, que por sinal, achei bem interessante.

Old Valley, é um pequeno vilarejo, localizado na Escócia, onde Vida Sinclair residia, lá todos viviam de maneira bem simples, tanto que nem eletricidade tinham.

Um certo dia, Vida passa por uma situação terrível, mas ela não contava que o destino iria lhe pregar uma peça. Após essa peça que a vida lhe pregou, Brianna, uma tia da qual ela nem sabia da existência, foi procurar por ela e a levou para morar com ela e só assim, ela fica sabendo que tinha sido adotada após a morte de sua mãe biológica, mas a princípio ela não acredita nessa história de sua origem.

Após ouvir toda a história de sua tia, Vida sabia que teria que achar seu pai, só não sabia como faria aquilo e ao mesmo tempo estava confusa com todas as informações, mas acaba tomando uma decisão muito importante.

"Deitou-se na cama, apertou os olhos , enquanto toda aquela história , aquele filme sem imagens era projetado em algum lugar do seu hipocampo. Sentia-se perdida e abandonada: Por que Deus permitiu que tantas coisas ruins acontecessem? Essa pergunta definitivamente não daria sentido algum à sua vida, ao seu novo eu que ela própria teria que construir." 

Página 111

Enquanto cursava sua faculdade de Antropilogia ( carreira do seu pai ), Vida contava com a ajuda e amizade de José, que lhe ensinou o português para que ela pudesse ir ao encontro do seu pai e nesse meio tempo ela tinha uma certa implicância e atração por Blake, seu colega de classe.


O que eles não imaginavam era que tinham algo em comum, que era a procura por seus pais, ela por nunca ter conhecido-o e ele por ter sido afastado por sua mãe quando ainda era pequeno.


No decorrer da história ficamos sabendo que o professor Lazarus, é na verdade o amigo de seu pai, que tinha ido com ele para a Amazônia fazer sua tese.


Quando finalmente ela se forma, ela vai fazer pesquisa na mesma área que seu pai, no qual foi visto pela última vez, mas não irá sozinha, pois contará com o apoio de Blake, José e seu professor, só que ela não contava que ainda teria mais surpresas, como sua meia irmã Amana.


Quando eles tiveram ciência do que iriam enfrentar, juntaram-se para o bem maior e no decorrer dos dias José e Amana se viram  apaixonados, assim como Vida e Blake.


Para a surpresa de Vida, ela fica sabendo que ainda terá que desvendar mais um mistério que cerca sua vida e antes disso, ela aceita a sua condição e explica sua situação para seu amado.


Final com gostinho de quero mais!

Quando li a sinopse, pensei que a história teria um outro enredo e confesso que fui surpreendida de uma maneira bem positiva, pois durante a leitura, vi o quanto a autora fez um belo trabalho de pesquisa, principalmente da Amazônia, os indígenas, suas lendas e sua cultura, fiquei fascinada lendo, fora a parte mágica.


Os personagens são bem detalhados, com características e personalidades bem distintas.


A narrativa do livro ocorre de maneira fluída e contagiante, pois a história te prende do inicio ao fim.


A diagramação é simples, porém perfeita.


A capa é totalmente condizente com a história, além de ser muito bonita.


Não encontrei nenhum erro de revisão.