REFLEXÃO.
Dois fatos. Dois mundos. Dois países completamente
diferentes. Duas situações revoltantes, e ambas, ao menos para mim, têm o mesmo
peso.
Crimes contra a Humanidade.
Primeiro fato: as barragens de responsabilidade da
empresa SAMARCO. Simplesmente romperam. Em mariana, Minas Gerais, além do
claríssimo dano ambiental houve coisa pior: pessoas morreram, esmagadas e
afogadas pela lama tóxica que inundou a pequena cidade. Um prejuízo
incalculável.
No Espírito Santo aconteceu a mesma coisa, no entanto, o
prejuízo fora somente ambiental, que não é pouca coisa.
Irresponsabilidade que mata.
Não há dinheiro que conserte o estrago que foi feito. E ainda podem
acontecer mais fatos semelhantes, pois há barragens no país inteiro. Não há
controle sobre essas minerações. Os políticos, empresários e lobistas estão
todos mancomunados, apenas pensando no lucro deles. E o povo sempre perde.
Sempre! Até porque ninguém realmente pensa neles.
Em um país sério, os responsáveis já estariam sendo punidos,
inclusive com cadeia, além de pagar muito, mas muito dinheiro. E o conserto do
dano ecológico e ambiental já estaria sendo realizado. Mas não somos um país
sério. Pode apostar que vai demorar para esse prejuízo ser sanado.
Todos os dias assisto nos jornais sobre o assunto. Vamos ver
até onde vai a cara de pau desses nossos políticos. Temos pessoas boas sim, com
boas intenções, e queremos que eles tomem as rédeas do poder e conduzam
novamente nosso país ao caminho da organização e progresso que tanto está sendo
omitido. Tudo com responsabilidade.
Segundo fato: o ataque terrorista em Paris. Vi
pessoas comparando as tragédias, dizendo que o que aconteceu aqui é mais
importante do que aconteceu lá. E que só por ser um país de primeiro mundo, da
Europa estariam dando mais ênfase. Pois bem. Eu acredito que é tão nocivo o que
aconteceu em Paris com o que aconteceu aqui, no entanto a abordagem é
evidentemente diferente.
Aqui foi a falta de responsabilidade de muita gente que se
tornou fatal. Lá foi a crescente intolerância religiosa (será mesmo?). Eu
acredito que não se possa dar esse crédito todo, pois a religião muçulmana, a
verdadeira, nada tem a ver com essa guerra santa que está se desenhando. O
terrorismo nada tem a ver com religião e não seria prudente incluir todos os
muçulmanos nesse pacote.
De fato, o terrorismo vem tendo um papel muito presente nos
dias atuais, sendo uma arma poderosa para conseguir deteriorar qualquer sentido
de paz mundial. E como se faz para lutar com uma força invisível? Como se faz
para lutar contra uma ideologia, errada, mas ainda assim ideologia?
E como se faz para lutar com uma entidade que sequestra,
mata, explode e coloca em seus exércitos crianças ou adolescentes? Que ensina a
crianças a decapitar pessoas?
Precisamos ficar de olho, pois essa doença chamada Estado
Islâmico, do mesmo jeito que a Al Qaeda, está se alastrando no mundo e pode
chegar até mesmo no Brasil. Não se iludam. Aqui já está nascendo embriões de
intolerância, imagine se uma entidade como essa decide se instalar no nosso
país? Vale lembrar que ano que vem tem Olimpíadas. Tudo é possível para esse
povo.
Em uma guerra ninguém está imune. Ninguém.
Temos a nossa própria guerra particular no Brasil, todos os
dias: corrupção, criminalidade aumentando, direitos que são dados a quem não
merece, intolerância religiosa, sexual e racial. O que não precisamos é de mais
uma guerra. Mundial. Santa. Seja lá o que for que esses terroristas querem
impor.
Antonio Henrique
Fernandes
Colunista.
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