No Meu Mundo...

05 fevereiro 2016



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Capítulo 25


Fui chegando mais perto, esperando uma reação. Cerrei meus punhos, pronto para desferir o primeiro golpe. Levantei minhas mãos e deixei que caíssem com o máximo de força sobre sua cabeça. Ele nada disse, não me encarou. Esbofeteei-o na face até ver o sangue brotar e a pele ficar arroxeada, como a de um humano espancado. Ele não reagiu.
— Reaja! Vamos, desgraçado! Lute! — gritei.
Bati mais e mais, até me ver exausto. Do rosto de Adramelech quase toda a pele se desprendia. Estava ainda mais desfigurado, irreconhecível. Chutei-o, ouvindo o estalar dos ossos se quebrando. Não deixaria nenhuma parte dele inteira.
— Maldito seja! Maldito!
Não sei por quanto tempo permaneci agredindo Adramelech. Quando em fim minhas forças se esvaíram, caí aos prantos ao seu lado. Ele não passava de uma massa ensanguentada e disforme, cujos olhos opacos ainda me observavam como que para me lembrar de sua imortalidade que eu não sabia como tirar.
— Tem que ter um jeito — falei, encarando-o — e eu vou encontrá-lo. O mais difícil eu já consegui.
Mas nem eu mesmo acreditava naquelas palavras.
Uma coisa era certa: eu precisava mantê-lo preso e privado de sangue, especialmente do sangue bruxo, capaz de lhe devolver a vitalidade e a juventude. Eu pretendia ir além. Não lhe ofereceria nenhuma gota de sangue, nem humano, nem animal. Ele permaneceria no cárcere e veríamos por quanto tempo a fera suportaria o jejum.
Matutei inúmeras formas de mantê-lo preso. Imaginei poderosas correntes presas aos seus pulsos e tornozelos, mas sabia que aquilo não seria necessário no estado de inanição em que se encontrava, assim como não bastaria em seu estado normal. Ele precisaria de vigilância permanente. Eu precisaria de um pelotão de vampiros para tal.

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