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Capítulo 25
Fui
chegando mais perto, esperando uma reação. Cerrei meus punhos, pronto para
desferir o primeiro golpe. Levantei minhas mãos e deixei que caíssem com o
máximo de força sobre sua cabeça. Ele nada disse, não me encarou. Esbofeteei-o
na face até ver o sangue brotar e a pele ficar arroxeada, como a de um humano
espancado. Ele não reagiu.
—
Reaja! Vamos, desgraçado! Lute! — gritei.
Bati
mais e mais, até me ver exausto. Do rosto de Adramelech quase toda a pele se
desprendia. Estava ainda mais desfigurado, irreconhecível. Chutei-o, ouvindo o
estalar dos ossos se quebrando. Não deixaria nenhuma parte dele inteira.
—
Maldito seja! Maldito!
Não
sei por quanto tempo permaneci agredindo Adramelech. Quando em fim minhas
forças se esvaíram, caí aos prantos ao seu lado. Ele não passava de uma massa ensanguentada
e disforme, cujos olhos opacos ainda me observavam como que para me lembrar de
sua imortalidade que eu não sabia como tirar.
—
Tem que ter um jeito — falei, encarando-o — e eu vou encontrá-lo. O mais
difícil eu já consegui.
Mas
nem eu mesmo acreditava naquelas palavras.
Uma
coisa era certa: eu precisava mantê-lo preso e privado de sangue, especialmente
do sangue bruxo, capaz de lhe devolver a vitalidade e a juventude. Eu pretendia
ir além. Não lhe ofereceria nenhuma gota de sangue, nem humano, nem animal. Ele
permaneceria no cárcere e veríamos por quanto tempo a fera suportaria o jejum.
Matutei
inúmeras formas de mantê-lo preso. Imaginei poderosas correntes presas aos seus
pulsos e tornozelos, mas sabia que aquilo não seria necessário no estado de
inanição em que se encontrava, assim como não bastaria em seu estado normal. Ele
precisaria de vigilância permanente. Eu precisaria de um pelotão de vampiros
para tal.
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